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Mauá integra App ANA ao serviço de proteção à mulher

Com um toque no ‘Botão do Pânico’, vítima aciona a GCM; tecnologia vai agilizar socorro às mais de 400 munícipes com medida protetiva

Tatiane Pamboukian
20/05/2025 | 21:10
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Celso Luiz/DGABC


Atualizada às 21:10

Mauá deu mais um passo no combate à violência contra a mulher ao fechar parceria com o aplicativo ANA, conhecido como ‘Botão do Pânico’, por meio do qual, com apenas dois toques, a vítima pode acionar a GCM (Guarda Civil Metropolitana), por meio da Patrulha Maria da Penha. Somente neste ano, de 1 de janeiro a 20 de maio, 102 moradoras de Mauá obtiveram medida protetiva, de acordo com a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres. Durante o ano todo de 2024, foram 307 concessões, somando ao menos 409 mulheres com a medida protetiva na cidade, que poderão ter acesso ao aplicativo ANA.

 

O prefeito Marcelo Lima (PT) disse ontem, durante lançamento do aplicativo, que o objetivo é agilizar o atendimento às mulheres, pois na hora do nervosismo no momento da agressão ou situação de risco elas podem não conseguir ligar para o 153, número do atendimento da Patrulha Maria da Penha. “É um passo muito importante na política pública para as mulheres e espero que esse aplicativo chegue a todas as cidades”, afirmou.

 

A secretária de Políticas Públicas para Mulheres de Mauá, Cida Maia, explicou como vai funcionar o cadastramento ao aplicativo ANA. “Vamos fazer a busca ativa a todas essas mulheres com medida protetiva, oferecendo o cadastro, e as que chegarem a partir de agorajá serão cadastradas. Nós fazemos busca ativa também às mulheres que registraram boletim de ocorrência, oferecendo nosso trabalho de apoio psicológico, jurídico e social. Nos bairros com mais ocorrências fazemos ações preventivas, explicando o ciclo de violência.”

 

Em 2024, Mauá registrou 470 boletins de ocorrência de violência contra a mulher. Os bairros com maior número de ocorrências foram Jardim Zaíra (68), Jardim Oratório (44), Parque São Vicente (25) e Jardim Itapark (24).

 

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O aplicativo, que já foi adotado por mais de 70 municípios em todo Brasil, entre eles Santo André e Ribeirão Pires – as demais cidades da região não confirmaram a parceria até o fechamento desta edição –, foi criado pelo guarda civil de Paulínia, interior do Estado, Diogo Antonio Ferreira. “A ideia foi eliminar todo processo de ligar, passar dados e fazer um protocolo. Esse tempo ganho pode salvar uma vida”, ressalta. O policial explica que cede a tecnologia gratuitamente sob a condição de manter seu nome ANA, uma homenagem à esposa que faleceu na pandemia por Covid-19.

 

O funcionamento do sistema foi apresentado pela GCM de Mauá Margarida Nicodemos. Quando a vítima aciona o botão, um alarme dispara na Central de Operações da GCM. Imediatamente, duas viaturas mais próximas do local — identificado via GPS do celular da vítima — são deslocadas. O chamado registra ainda informações sobre os boletins de ocorrência que motivaram a concessão da medida protetiva.

 

O aplicativo ANA é exclusivo para mulheres que possuem medida protetiva, mas vítimas de violência podem buscar apoio e orientação no Viva Maria, no telefone (11) 4512-7706 ou whatsapp (11) 92013-5871. Denúncias podem ser feitas à Patrulha Maria da Penha, que aciona a GCM, pelo 153, ou à Polícia, no 190.

 

 

 




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