O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, indicou na manhã desta terça, 20, que uma eventual correção de toda a tabela do Imposto de Renda pela inflação custaria mais de R$ 100 bilhões. A indicação ocorreu diante da Comissão Especial do IR, na Câmara, enquanto Pinto explicava a razão para o projeto de lei que amplia a isenção do IR ter uma "escadinha" do benefício para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
O tema foi abordado em diferentes momentos da sessão e foi inclusive mote de uma das quatro perguntas feitas pelo relator, Arthur Lira (PP-AL), a Marcos Pinto.
"O objetivo desse benefício é impedir que alguém que ganhe R$ 5,5 mil tenha um rendimento líquido menor do que alguém que ganha R$ 5 mil. Então a gente foi criando essa escadinha. E por que a gente fez assim ao invés de corrigir a tabela toda? A razão é muito simples. Corrigir a tabela toda ia custar mais de R$ 100 bilhões. A gente não ia ter condições de fazer isso nesse momento. Ao fazer dessa forma, a gente reduziu a monta significativamente para um entorno de R$ 25 bilhões", indicou Marcos Pinto.
O secretário ainda rebateu as projeções de Estados e municípios sobre as perdas que seriam geradas com o projeto do IR.
Segundo Pinto, os números são "muito menores" do que os ventilados e seria uma questão do parlamento debater os "ganhos e perdas" e "o que precisa ser compensado". "A gente está falando de alguma coisa entre R$ 2 e R$ 3 bilhões e não R$ 12 bilhões como chegou a ser mencionado", indicou.
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