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Incidente com caixão em funeral revolta familiares em Mauá

Viúvo presencia queda de corpo da esposa seminu e registra BO

Lays Bento
20/05/2025 | 09:10
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FOTO: Reprodução


O operador de metalúrgica José Carlos dos Santos, 56 anos, busca justiça pelo modo trágico como teve se despedir da esposa Rosilene de Sousa, 53. No último sábado (17), antes de começar o velório no Cemitério Jardim Santa Lídia, o morador de Mauá presenciou o corpo da mulher cair no chão, após o fundo do caixão ceder enquanto era transportado até familiares e amigos. 

A cena durou cerca de 15 minutos, segundo Santos, até que um novo caixão fosse trazido pela Ossel, responsável pela assistência funerária. A empresa havia oferecido um plano para cobrir as despesas do casal, com parcelas ainda a serem pagas até o final do ano.

“O corpo do amor da minha vida cedeu como lixo, com espumas e jornal picado em volta. Sem a roupa posta nela direito, na queda, ela ficou nua (a calça fornecida pela família não estava vestida e só colocada por cima do corpo)”, descreveu. 

O cancelamento do contrato de serviço funerário (que cobria também ele, em plano familiar) já foi solicitado. “Foi a maior dor da minha vida perder ela e ver isso. Me questionei como pude pagar R$ 130 mensais nos últimos meses e não me importa se colocarem a culpa em uma terceirizada, peguei nojo”, desabafa.

O homem relata que, após o susto, se encheu de revolta ao ouvir os funcionários responsáveis pelo translado no momento explicarem o incidente. “Enquanto eu quase perdi a cabeça e ia partir para bater nele (motorista), tive de ouvir outro ligando e se justificando com o gerente. Uma desfeita e descaso do começo ao fim”, comenta o mauaense, que afirma ter sofrido o constrangimento junto a outras nove pessoas próximas à família. 

O homem revelou ao Diário que acompanhava a luta da esposa contra a trombose e câncer desde dezembro, três meses depois da contratação da Ossel. A despedida, depois de 32 anos de casamento, aconteceu após 26 dias internada em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em Ribeirão Pires. 

O próximo passo, segundo o metalúrgico, é processar a empresa. “Não sei se dará indenização, mas não me importo, na verdade. Nenhum dinheiro trará ela de volta”, afirma ele, que, junto a testemunhas, prestou também boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de Mauá.

Ao Diário, a empresa afirmou que o “atendimento em questão não foi realizado diretamente pela Ossel”. “Estamos comprometidos em investigar e entender as circunstâncias que levaram a esta falha”, finalizou em nota. 




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